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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O cajueiro e a espera pelo fim do mundo

Imagem aqui

21/12/2012
O mundo vive mais uma vez  a expectativa do seu fim, o tão esperado (?) Apocalipse. Daí que eu e mainha estávamos assistindo uma reportagem sobre pessoas armazenando água e comida à espera do "gran finale", quando ela se lembrou de uma historia linda: muitos anos atrás, às vésperas de outro fim do mundo, meu avô foi ao quintal preparar a terra para plantar um cajueiro, ao que minha avó murmurou com o seu costumeiro mau humor: 

- Que besteira, pra quê plantar coisa alguma se o mundo vai se acabar?

Meu avô, esperto como só ele, respondeu:

- Minha velha, eu ouço essa história de mundo acabar desde menino e nunca aconteceu. Se acontecer dessa vez, ora, será mais um pé de caju a morrer. 

O tempo passou, o mundo não acabou e, quando brotaram os primeiros frutos daquele cajueiro, meu avô relembrou aquela conversa:

- Tá vendo ai, minha velha, agora temos caju  e castanhas, que nos alimentam e aos passarinhos, além de nos dar uma bela sombra no quintal!

Putz, preciso dizer mais alguma coisa? Sábio vovô Manoel. Sinto por não tê-lo conhecido melhor, convivido mais com ele, pois quando desencarnou eu ainda era muito criança. De qualquer forma ele deixou lições que serão passadas por muitas gerações.

Particularmente, concordo com ele nesse aspecto. E daí se o mundo acabar hoje, amanhã ou em alguns anos? Isso não deve paralisar as nossas ações, pelo contrário, deve nos mover a rapidamente fazermos ao mundo o bem que ele espera de nós. Então discordo desse lance de viver "como se não houvesse amanhã", porque a gente acaba procurando extrair tudo da vida e esquecendo de plantar. Eu prefiro achar que SEMPRE haverá amanhã, independente de estarmos nesse mundo ou não. Isso faz com que a gente nunca aja como crianças inconsequentes. Prefiro plantar, ainda que estejamos com os dias contados para o fim do mundo. Se nada do previsto acontecer, teremos, como o cajueiro, frutos doces para contar história.

Ocorre que, se os Maias estiverem certos, este é o último post deste blog. Então, pra não perder o humor nesse apocalíptico momento, seguem alguns vídeos sobre o tema pra vocês irem se distraindo até a queda dos meteoros ou do sinal da internet, o que ocorrer primeiro:

- Narração de Galvão Bueno para o fim do mundo



- Adriana Calcanhoto - E o mundo não se acabou



- Paulinho Moska - O último dia


E FIM! (Será?)


domingo, 5 de agosto de 2012

Bad-boy-bands e outros "bês"

O que acontece se juntarmos quatro ou cinco garotos afinados (?), uma coreografia bem ensaiada, canções melosas românticas, figurinos bregas descoladinhos e uma legião de descontroladas fãs, o que temos? Uma BOY BAND. 


Imagens aqui

Ora, não venha me dizer que nunca curtiu uma. Aposto que já! Vou explicar: 


O termo "boy band" surgiu para denominar grupos pop que tinham determinadas características em comum. São formados por rapazes que geralmente compõem as próprias músicas cantando o amor e as rebeldias próprias da idade. Ao contrário das bandas comuns, onde há apenas um vocalista enquanto os outros  tocam instrumentos, numa boy band todos cantam e dançam. Daí, apesar do termo ter surgido na década de 90, podemos verificar que grupos similares existiram muito antes. Assim foi com os Temptations na década de 60, os  Bee Gees e The Osmonds na década de 1970 e no início dos anos 80 o grupo latino Menudo. Há até quem classifique também os Beatles e os Jackson 5 como boy band, pire aí! Então não venha me dizer que, em 5 décadas, não foi fã de ao menos uma delas !!!

Como não dá pra listar todas, vou colocar aqui as que eu curti quando eu "podia", pois a década e a idade me permitiam:

New Kids on the Block


Essa foi a minha boy band predileta. Minha irmã tinha um disco, justamente o álbum de maior sucesso deles que é, que é, que é.... STEP BY STEP, sim, senhores. E como tocava! 


Os New Kids on the Block, NKOTB, banda norte-americana, teve um enorme sucesso nos anos 80 (não só na minha casa). Em 95 eles deram um tempo da banda, ressuscitando retornando em 2008 com o Backstreet Boys, formando assim o NKOTBSB (!!!!), enchendo estádios fechados nos Estados Unidos e até vieram ao Brasil este ano, (sem o BSB) e bombaram!. 


Jordan Knight, Jonathan Knight, Joe Mclntyre, Donnie Wahlberg e Danny Wood continuam na formação da banda.


Não vou postar o vídeo de STEP BY STEP, porque seria muito óbvio, então vou com TONIGHT que era boa pra "sonhar" com o meu querido Joe... hehehe

New Kids on the Block


Menudo


Taí uma banda da qual guardo boas lembranças. Era uma febre! Eles enlouqueciam as minhas primas adolescentes! Todo mundo ensaiava na frente da tv, nos playgrounds, no quintal de casa, onde quer que fosse, as coreografias desses  porto riquenhos charmosos.


A banda trocou de integrantes diversas vezes, mas na época de seu apogeu contava com Robby Rosa, Charlie Massó, Roy Rosselo, Ray Reyes e Ricky Melendez, que, meses depois foi sucedido por Ricky Martin. Os meninos eram versáteis, cantavam em inglês, espanhol e até mesmo em português (como a romântica Se Tu Não Estás, originalmente "If You're Not Here")

Menudo no tosco "Viva a Noite"



Poxa, o clip abaixo é antigão, tive pena de não colocar. Olha só, minha gente!



Dominó


Na onda das boy bands que estouravam no Brasil vindas do exterior, a produtora de Gugu Liberato criou o grupo Dominó.


O auge se deu também nos anos 80 e no final dos anos 90. Sucessos como "Ela Não Gosta de Mim", "Companheiro", ""P" da Vida" e "Com Todos Menos Comigo" cantados por Afonso Nigro, Nill, Marcos Quintela e Marcelo Rodrigues falavam direto aos corações das adolescentes brasileiras e todas queriam ser a poderosa "Manequim"!

Dominó - Manequim


Polegar

Mais uma banda criada pela Promoart (grupo de Gugu Liberato), o Polegar (que hoje poderia se chamar "curtir") marcou época no final dos anos 80 e também foram um fenômeno, sendo recorde de público em quase todas as cidades em que se apresentavam no Brasil e em outros países da América Latina). "Dá Pra Mim", "Ando Falando Sozinho", "Ela Não Liga" e "Sou Como Sou" são alguns dos hits mais conhecidos. Os integrantes originais também foram substituídos, tendo participado Alex/Denis, Rafael/Ricardo/André, Marcelo, Alan, Ricardo/Fernando.



N Sync 


Essa aí tem clips divertidíssimos e com muito mais recursos. 


Dominando as paradas no final dos anos 90 o N'Sync, composto por Lance Bass, JC Chasez, Joey Fatone, Chris Kiripatrick e Justin Timberlake, cantou com grandes artistas como Elton John, Michael Jackson, Stevie Wonder, Celine Dion etc.


N Sync - It's Gonna Be Me



E assim elas vão surgindo, sumindo, reaparecendo. Seja Backstreet Boys, Jonas Brothers, One Direction, The Wanted, Big Time Rush, Jonas Brothers, Hanson, Boyz II Man e outros tantos, o fato é que elas agradam há gerações. 


Esse post foi "solicitado" pela minha cunhada eternamente com cara de adolescente Piu, também conhecida como Rafaela". Não entrei em detalhes sobre as boy bands prediletas dela, mas deixei que me ajudasse com algumas informações do post. ;)

Vamos lá, não se reprima e conte aí a sua predileta!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mini-blog de papel - Parte VI

 - O que você quer ser quando crescer? 

Todos nós ouvimos essa pergunta quando éramos crianças. Eu ouvi muitas vezes e tinha na ponta da língua a resposta: Eu queria ser ginasta. Ou bailarina. Contei aqui sobre a minha paixão pelo balé. E, aos 10 anos, contei mais no meu diário, o mini-blog de papel:

"15/09/89
Querido Diário


Hoje eu estou tão feliz, diário, sabe por quê?
É porque eu vou fazer ginástica olímpica aos meus 12 anos. Só faltam dois anos.
Vai fazer um mês amanhã que não te escrevo.
Faltam 19 folhas pra você acabar, que pena.
Sabe por que faz tanto tempo que eu não te escrevo?
Eu acho que é porque não tenho nada de interessante pra te contar.
Tchau. Mil beijos."

Entrar na ginástica olímpica aos 12 anos? Claro que sabemos que é tarde demais. Ao menos pra se tornar uma profissional, como eu queria, mas tudo bem, tinha que confiar na promessa da minha mãe, sem saber que ela morria de medo que eu ficasse com o corpinho musculoso e, digamos assim, atrofiado por conta do ritmo excessivo dos treinos em tão tenra idade.

Vamos ao que foi escrito meses depois:

(desenho de uma garota escalando)

"21/05/90
Adorável Diário

Gostou do novo elogio?
É, acho que gostou.
Eu queria tanto ser ou bailarina ou ginasta. Sabe, diário, eu já sei escalar, mas não é escalar montanhas, não, é escalar de chegar até o chão.
Outro sonho meu é o de ter uma festa de 15 anos linda com valsa, vestidos brancos, num clube, tudo muito lindo e brilhando, mas falta muito tempo para isso.
Mesmo assim, tenho muita fé no que faço e espero um dia poder ser uma pessoa que ganhe muito bem para sustentar minha família e fazer tudo que eu gosto e poder viajar pelo país inteiro.
Aqui vou terminando muito feliz por ter te contado tudo isso.
Tchau "

Mais uma vez, o sonho de bailar por profissão. Mas tive que me distanciar do balé por problemas de logística (ficava ruim pra nossos pais levarem a mim e a minha irmã até a escola de dança) e nunca fiz uma aula sequer de ginástica artística. Claro, fiquei triste, mas temos que aprender à lidar com as frustrações desde pequenos, não é verdade? Acho que grande problema dos "novos pais" é tentar livrar seus filhos de quaisquer decepções, mas a vida real está cheia delas, então dizer "não" é, sim, fundamental! Farei o esforço de me lembrar disso quando uma carinha dengosa ou birrenta me pedir algo que considere ruim pra ela ou para as finanças da família. 

Imagem aqui

Não me tornar uma Daiane dos Santos não impediu que meu sonho de trabalhar e prover minha família se tornasse realidade. Não que eu ganhe "muito bem" como gostaria, mas as coisas podem sempre melhorar. Faço muito das coisas que gosto e já viajei para as cinco regiões do país. Mais um sonho realizado e ampliando as fronteiras para o resto do mundo!

Festa de 15 anos? Tive, sim, mas muito menos pomposa, sem clube, sem vestidos brancos, sem brilhos, mas com valsa com papai e muito carinho de todos! Foi o que podia ser feito e nem por isso tive crises por conta dessa, digamos, adaptação. Rsrsrsrs

E vocês? O que sonhavam ser quando crescessem que NÃO se tornou realidade? Bombeiros, astronautas, jogadores de futebol, atrizes, cantoras? Contem aí!

sábado, 30 de junho de 2012

Mini-blog de papel - Parte V

O que eu estava fazendo exatamente 19 anos antes de me casar.

No último post da nossa novelinha infantil (protagonizada por mim, diga-se de passagem), pudemos notar que a menina já dava sinais de que estava ficando uma mocinha.

Vejamos o que aconteceria dois meses depois:




"23/04/90
Diário querido

Hoje foi um dia tão legal, sabe por quê?
Porque eu dancei lambada lá na sala com meus colegas Jutaci, João e Erlon e outras colegas.
Tudo começou assim: minha colega disse que ia ter concurso de lambada e era pra levantar a mão quem quisesse. Eu, que não sou besta, levantei.
No começo, ninguém queria dançar comigo, aí eu fui dançar com minha colega e então todo mundo queria dançar comigo e disseram que eu danço muito bem.
Eu gostei e por isso vim escrever tudo em você.
Mudando de assunto, hoje é o aniversário de Brenda, minha prima, e dia 26 é o de meu primo Robson.
Eu estou fazendo a 5° série e eu estou tirando notas ótimas. 
Diário, eu quero te dizer, mais uma vez, que gosto muito de você.
Tchau"

Rá! Já viram, né? Vou arrumar confusão com o marido hoje, mas vamos lá:

Como disse antes, era uma ótima aluna, mas não chamava a atenção dos garotos. Magra demais, estudiosa demais, séria demais (eu acho). Mas eu adoraaaaaaaaaaaaaava lambada. Achava lindo aqueles dançarinos pra lá e pra cá, rodopiando e dançando, dançando... E aprendi, mas nunca tinha mesmo um par masculino. Eis que fui à forra nesse dia, mostrando a mim mesma e aos demais coleguinhas que por trás daqueles óculos também batia um coração (e um quadril!).

"Eu, que não sou besta, levantei." Morri com o assanho dessa declaração!!! Kkkkkkkkk

Quem era nascido naquela época e não lembra do Kaoma, hein? 



Ah, achei uma fotozinha daqueles tempos, magrela, de óculos, dançando em uma festa da família com uma amiguinha. Poderia estar pensando: "Meninos de 10 anos, vocês são UÓÓÓÓÓ!!!!!!"

"Chorando se foi quem um dia só te fez choraaaaar..."


sábado, 19 de maio de 2012

Mini-blog de papel - Parte IV

Dos primeiros óculos ao primeiro sutiã!



"09/02/90
Querido Diário

Eu tenho uma novidade pra você: 
Eu vou usar óculos, um óculos azul, eu não sei se vai ficar bem em mim, mas tudo bem.
Tenho miopia e vou usar o grau 1,25.
Mudando de assunto, desde o ano passado, já passou o Natal e o Ano Novo e eu nem escrevi você.
Vai começar as aulas dia doze de fevereiro."
(desenho de óculos, presente de Natal e livro aberto)

Eu me lembro que achava um charme as pessoas usando óculos, achava que era coisa de adulto e, CDF do jeito que eu era, desfilar de óculos firmaria a minha imagem de inteligente, já que não me achava bonitinha, esse era o papel de outras garotas da minha turma.





"27/02/90

Querido Diário

Já começaram as aulas e eu já comecei a usar óculos.
Hoje já é terça-feira de Carnaval e eu não pulei e nem brinquei, mas eu fui para o sítio e fui domingo e ontem para a praia.
Amanhã vai fazer uma semana que eu estou usando óculos. Até que não é tão ruim.
Entraram na escola muitas meninas e meninos e eu já simpatizei com quatro delas: Luísa, Mônica, Érica e Patrícia.
Tchau"

Olha, "não pulei e nem brinquei" Carnaval naquele ano. Jesus! A pré-pré adolescente queria o quê? Sair no Camaleão? Naquela época não existiam os blocos infantis que existem hoje, mas não tardaria a tornar isso uma realidade, pois um ou dois anos depois tia Inez já começaria a nos levar (eu e um monte de outros primos) para um camarote na Barra. Muita coragem, viu? Valeu, tia!!!!

Esse foi o último ano letivo que eu e Ronei estivemos na mesma sala de aula. Meu futuro grande amor, que, naquela época, não passava de mais um dos chatos dos meninos!




"07/03/90
Querido Diário

Entrou no dia 5 uma nova colega minha. O nome dela é Jaqueline, ela tem dez anos e é quase do tamanho de Andréa, aquela que eu botei uma foto no dia 28/07/89.
Desde ontem eu estou usando sutiã, diário, mas, voltando ao assunto, Jaqueline não é tão legal quanto Mônica e Luíza.
Bem, eu já vou parando por aqui porque eu tenho que estudar e ajudar minha mãe e meu pai na venda.
Tchau. Mil beijos."

Gente, sério, morro de rir antes de me concentrar e comentar sobre essas páginas do meu primeiro diário. E fico feliz por tê-lo escrito e guardado, pois traz de volta essas lembranças, emoções tão pueris. Amo!

A "Andréa" era a minha melhor amiga da escola, ou, como diriam as meninas de hoje, minha BFF (Best Friend Forever), mas deixo esse assunto para um outro post.

Notem a timidez do comentário: "Desde ontem eu estou usando sutiã, diário, mas, voltando ao assunto, Jaqueline...". É um pequeno arrependimento de ter revelado tal intimidade, porém seria impossível não contar essa notícia tão importante para um amigo mudo discreto. 

Um medo das mudanças apodera-se, então, da pequena criatura, que começa a desabrochar para as coisas de um mundo desconhecido. E seria só o começo...

domingo, 13 de maio de 2012

O sumiço de todas as mães

Como ficaria a nossa vida se um dia todas as mães do mundo sumissem? Quem assopraria as nossas feridas pra sarar? Quem nos faria o mais calmante leite quente do mundo inteiro? Quem nos abrigaria no mais confortável colo de todo o universo, afagando os nossos cabelos e nos dizendo que tudo vai ficar bem? Ah, os maravilhosos pais que nos desculpem, mas hoje a homenagem é para aquelas que são o nosso primeiro pensamento quando estamos em apuros: AS MÃES!

Imagem aqui

Hoje foi um dia atípico para mim, passei o segundo domingo de maio afastada de minha mãe. Não pude (nem os meus irmãos) viajar para vê-la, por motivos diversos. Foi estranho, fez falta. O que me consola é que essa ausência não foi por motivo de doença e que em três dias estarei enredada nos seus braços macios e dizendo pessoalmente que a amo.

Mesmo crescidos, mesmo adultos, não é fácil definir o significado dessas três letrinhas, M Ã E. Talvez mais do que na época em que fazíamos cartõezinhos com rosas e frases com caligrafias sofríveis que declaravam todo o nosso amor. Sei, mamis, que foi difícil pra você não nos ter por perto hoje, mas estávamos juntinho do seu coração, acredite.

Então, queridos leitores, esse post é pra que a gente reflita no quanto essas criaturas tiveram que se modificar para serem melhores exemplos para nós, seus filhos. Quantas vezes elas tiveram que vencer a si mesmas, vencer seus medos, superar os seus limites pelo simples desejo de nos verem felizes. Quanto de seu tempo nos dedicaram para que aprendêssemos a andar, a falar, a escrever, a sonhar? Quanto do que nós somos hoje deve-se à presença delas nas nossas vidas?

Uma resposta que demonstra uma pequena parte do quanto D. Carminha foi importante pra mim está aqui.

Sei que o domingo está acabando, mas vale fazer o exercício. E se sua mãe sumisse com você ainda pequenininho, o quanto do que você é hoje não existiria?

terça-feira, 1 de maio de 2012

Cenas de filmes que me fizeram balançar na frente de uma tv de tubo

Já comentei sobre como os "Pulantes" são incapazes de caminhar por um certo período sem saírem da rota ou do ritmo com saltinhos e danças inesperadas. Falei também sobre as minhas aptidões como dançarina (e imitadora de macaco!). Pois bem, nos anos 80 e 90, quando me era permitido pular sem censura, alguns filmes com cenas de dança se tornaram clássicos e também tiveram sua parcela de contribuição para dar asas à minha imaginação. 


Imagem aqui 

Então este é o Top Five (mentira, é o Top Six!) das músicas de filmes que me fizeram sair do sofá e balançar na frente do velho televisor de tubo assistindo às Sessões da Tarde.

Flashdance - Lançado em 1983, com Jennifer Beals interpretando a protagonista Alex, uma jovem que sonha tornar-se bailarina e rala pra caramba pra conseguir. Este filme recebeu vários prêmios, inclusive o Oscar de melhor canção original em 1984, além de vários outros como Globo de Ouro e Grammy no mesmo ano. A trilha sonora foi realmente um sucesso, vendeu 20 milhões de cópias (em LP, sem pirataria!!!)
Gostei tanto de Flashdance que ele rendeu duas músicas nesse meu Top Five, transformando-o em "Top Six". Confesso que ainda hoje me emociono com a cena de Alex correndo pela rua após o teste da escola de dança que ela tanto se esmerou pra fazer.

1    "Flashdance...What a Feeling" (Giorgio Moroder, Keith Forsey, Irene Cara)
interpretada por Irene Cara



2     "Maniac" (Michel Sembello, Dennis Matkosky) interpretado por Michael Sembello

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Footloose - Ritmo Louco - Lançado em 1984,  Kevin Bacon é Ren McCormick, um jovem recém-chegado a uma pequena cidade onde, por causa da morte de um jovem, as danças foram banidas. Ren, contudo, não se dá por vencido e faz de tudo para realizar um baile de formatura. 

3    "Footloose" (Kenny Loggins, Dean Pitchford) interpretada por Kenny Loggins (o rei das trilhas sonoras dos filmes dos anos 80)
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Grease - Nos Tempos da Brilhantina - Filme musical de maior arrecadação de bilheteria dos EUA (U$$ 360 milhões). Lançado em 1978 e ambientado nos anos 60, conta a estória dos jovens Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John) que se apaixonam no verão, mas se separam com o fim das férias, trocando juras de amor. Porém quis o destino que eles fossem matriculados no mesmo colégio no ano seguinte. Dando uma de durão, Danny despreza Sandy, daí temos o desenrolar da trama (parece que dos anos 60 pra cá os homens não evoluíram muito nessa questão de relacionamento). 

4    "Summer Nights" (Warren Casey e Jim Jacobs) interpretada pelos protagonistas.

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Dirty Dancing  -  Ritmo Quente - Um instrutor de dança e uma hóspede de um resort se envolvem em um romance proibido. Com Patrick Swayze como Johnny Castle e Jennifer Gray como Frances Houseman (Baby). Apesar do filme ter sido lançado em 1987 ele se passa em 1963. Os funcionários do resort se encontram todas as noites pra dançar escondidos do patrão, que proíbe a prática, e Baby sai escondida do quarto para dançar com eles, substituindo a dançarina principal numa apresentação, pra contrariedade de seu pai, que fica fulo da vida!
Premiada como melhor canção original do Oscar e do Globo de Ouro de 1987, a "Time of my life" arrancou milhares de suspiros de mulheres que adorariam estar nos braços do Patrick (quem nunca? rsrsrs).

5    "(I've Had) The Time of my life" - (Franke Previte, John DeNicola, Donald Markowitz) interpretada por  Bill Medley e Jennifer Warnes


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BIG - Quero Ser Grande
Um garoto de 12 anos, cansado de ser esculachado pela garota que paquerava, faz um desejo num brinquedo (Zoltar) do parque e amanhece adulto. Muitas confusões, até um emprego e namorada ele arruma, sinal de que a mentalidade de um garoto não muda muito em duas décadas...

6    "Chopsticks" (sim, tocada em par, como os palitinhos orientais, essa valsa foi escrita por Euphemia Allen, sob o pseudônimo de Arthur de Lili, com apenas 16 anos)


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E então, vai me dizer que não dançou também? Ah, vá!


domingo, 15 de abril de 2012

Pulantes

Há muito tempo, mesmo antes de nos casarmos, eu e Ronei nos divertimos observando as "crianças dos outros". Notamos que elas têm ao menos um comportamento padrão: seja aqui em Salvador ou em qualquer outra parte por onde já estivemos, elas não caminham, e sim saltitam, ou melhor, pulam mesmo! Por conta dessa observação, as apelidamos secretamente (?) de "pulantes"! É como se a energia contida dentro daqueles minúsculos corpinhos, que até outro dia sequer sabiam ficar de pé, precisasse ser colocada para fora de uma vez! Eles não conseguem caminhar por muito tempo sem dar um pinotezinho, por menor que seja. Sempre rimos e imaginamos como se comportarão os nossos pequenos. Serão pulantes também?


Lembro-me que eu mesma, na infância, não fui diferente das amostrinhas de gente que vemos hoje. Adorava pular, dançar, correr e agradeço à oportunidade que tive (valeu, mãe. Valeu, pai. Valeu, irmãos!) pra transformar minha energia potencial em cinética. Durante um certo tempo eu e minha irmã fizemos balé. Eu adorava! Usávamos o tradicional collant rosa claro com mini-saia volante de tule, meia-calça e sapatilha. Até hoje sei fazer a meia-ponta com o pé beeeem esticadinho (tá, eu sei, isso não me serve mais pra nada). Fizemos algumas apresentações na época, uma bem grande, num teatro (mãe, qual foi o teatro?), minha irmã fez a árvore e eu fiz o macaco (não me lembro qual outro papel fizemos, só lembro que eu dançava e me coçava e que Keu dançava e balançava os "galhos"! kkkk). Ah, a música principal foi "Amanhã" de Guilherme Arantes. Tenho uma foto perdida em algum lugar, se eu achar, coloco depois no post, prometo!


Imagem aqui

Desses deliciosos tempos da dança, uma música ficou guardada na minha lembrança. Aliás, não era exatamente uma música, mas apenas um trechinho dela. Era uma lembrança tão embotada que por vezes eu me perguntava se era mesmo real ou invenção da minha cabecinha criativa. Aí, benditos tempos cibernéticos, recorri ao novo pai dos burros e não é que ele achou pra mim? Fiquei tão feliz que tive que compartilhar:



A Bailarina

Lucinha Lins






Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez

Depois essa lenga-lenga

toda recomeça

puxa-vida, ora essa
vivo na ponta dos pés

Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez

Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa!
vivo na ponta dos pés

Quando sou criança
viro o orgulho da família
giro em meia-ponta
sobre minha sapatilha

Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar
se a corda não acaba
eu não paro de dançar.

Sem querer esnobar
sei bem fazer um gran de car
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plié

Sinto de repente
uma sensação de orgulho
se ao contrário de um mergulho
pulo no ar um gran jetté

Quando estou no palco
entre luzes a brilhar
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar

Toda Bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar, dançar, dançar


E assim segui crescendo, a dançar, dançar, dançar. Os tempos de balé se foram junto com a infância, mas de vez em quando me pego dando os tais "pulinhos" enquanto caminho, basta estar muito feliz!

E vocês, já notaram por aí esse comportamento "pulante" dos pequenos? Se ainda não viram (como se diz aqui na Bahia), "reparem só" e depois venham contar!

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