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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mini-blog de papel - Parte VI

 - O que você quer ser quando crescer? 

Todos nós ouvimos essa pergunta quando éramos crianças. Eu ouvi muitas vezes e tinha na ponta da língua a resposta: Eu queria ser ginasta. Ou bailarina. Contei aqui sobre a minha paixão pelo balé. E, aos 10 anos, contei mais no meu diário, o mini-blog de papel:

"15/09/89
Querido Diário


Hoje eu estou tão feliz, diário, sabe por quê?
É porque eu vou fazer ginástica olímpica aos meus 12 anos. Só faltam dois anos.
Vai fazer um mês amanhã que não te escrevo.
Faltam 19 folhas pra você acabar, que pena.
Sabe por que faz tanto tempo que eu não te escrevo?
Eu acho que é porque não tenho nada de interessante pra te contar.
Tchau. Mil beijos."

Entrar na ginástica olímpica aos 12 anos? Claro que sabemos que é tarde demais. Ao menos pra se tornar uma profissional, como eu queria, mas tudo bem, tinha que confiar na promessa da minha mãe, sem saber que ela morria de medo que eu ficasse com o corpinho musculoso e, digamos assim, atrofiado por conta do ritmo excessivo dos treinos em tão tenra idade.

Vamos ao que foi escrito meses depois:

(desenho de uma garota escalando)

"21/05/90
Adorável Diário

Gostou do novo elogio?
É, acho que gostou.
Eu queria tanto ser ou bailarina ou ginasta. Sabe, diário, eu já sei escalar, mas não é escalar montanhas, não, é escalar de chegar até o chão.
Outro sonho meu é o de ter uma festa de 15 anos linda com valsa, vestidos brancos, num clube, tudo muito lindo e brilhando, mas falta muito tempo para isso.
Mesmo assim, tenho muita fé no que faço e espero um dia poder ser uma pessoa que ganhe muito bem para sustentar minha família e fazer tudo que eu gosto e poder viajar pelo país inteiro.
Aqui vou terminando muito feliz por ter te contado tudo isso.
Tchau "

Mais uma vez, o sonho de bailar por profissão. Mas tive que me distanciar do balé por problemas de logística (ficava ruim pra nossos pais levarem a mim e a minha irmã até a escola de dança) e nunca fiz uma aula sequer de ginástica artística. Claro, fiquei triste, mas temos que aprender à lidar com as frustrações desde pequenos, não é verdade? Acho que grande problema dos "novos pais" é tentar livrar seus filhos de quaisquer decepções, mas a vida real está cheia delas, então dizer "não" é, sim, fundamental! Farei o esforço de me lembrar disso quando uma carinha dengosa ou birrenta me pedir algo que considere ruim pra ela ou para as finanças da família. 

Imagem aqui

Não me tornar uma Daiane dos Santos não impediu que meu sonho de trabalhar e prover minha família se tornasse realidade. Não que eu ganhe "muito bem" como gostaria, mas as coisas podem sempre melhorar. Faço muito das coisas que gosto e já viajei para as cinco regiões do país. Mais um sonho realizado e ampliando as fronteiras para o resto do mundo!

Festa de 15 anos? Tive, sim, mas muito menos pomposa, sem clube, sem vestidos brancos, sem brilhos, mas com valsa com papai e muito carinho de todos! Foi o que podia ser feito e nem por isso tive crises por conta dessa, digamos, adaptação. Rsrsrsrs

E vocês? O que sonhavam ser quando crescessem que NÃO se tornou realidade? Bombeiros, astronautas, jogadores de futebol, atrizes, cantoras? Contem aí!

sábado, 30 de junho de 2012

Mini-blog de papel - Parte V

O que eu estava fazendo exatamente 19 anos antes de me casar.

No último post da nossa novelinha infantil (protagonizada por mim, diga-se de passagem), pudemos notar que a menina já dava sinais de que estava ficando uma mocinha.

Vejamos o que aconteceria dois meses depois:




"23/04/90
Diário querido

Hoje foi um dia tão legal, sabe por quê?
Porque eu dancei lambada lá na sala com meus colegas Jutaci, João e Erlon e outras colegas.
Tudo começou assim: minha colega disse que ia ter concurso de lambada e era pra levantar a mão quem quisesse. Eu, que não sou besta, levantei.
No começo, ninguém queria dançar comigo, aí eu fui dançar com minha colega e então todo mundo queria dançar comigo e disseram que eu danço muito bem.
Eu gostei e por isso vim escrever tudo em você.
Mudando de assunto, hoje é o aniversário de Brenda, minha prima, e dia 26 é o de meu primo Robson.
Eu estou fazendo a 5° série e eu estou tirando notas ótimas. 
Diário, eu quero te dizer, mais uma vez, que gosto muito de você.
Tchau"

Rá! Já viram, né? Vou arrumar confusão com o marido hoje, mas vamos lá:

Como disse antes, era uma ótima aluna, mas não chamava a atenção dos garotos. Magra demais, estudiosa demais, séria demais (eu acho). Mas eu adoraaaaaaaaaaaaaava lambada. Achava lindo aqueles dançarinos pra lá e pra cá, rodopiando e dançando, dançando... E aprendi, mas nunca tinha mesmo um par masculino. Eis que fui à forra nesse dia, mostrando a mim mesma e aos demais coleguinhas que por trás daqueles óculos também batia um coração (e um quadril!).

"Eu, que não sou besta, levantei." Morri com o assanho dessa declaração!!! Kkkkkkkkk

Quem era nascido naquela época e não lembra do Kaoma, hein? 



Ah, achei uma fotozinha daqueles tempos, magrela, de óculos, dançando em uma festa da família com uma amiguinha. Poderia estar pensando: "Meninos de 10 anos, vocês são UÓÓÓÓÓ!!!!!!"

"Chorando se foi quem um dia só te fez choraaaaar..."


sábado, 19 de maio de 2012

Mini-blog de papel - Parte IV

Dos primeiros óculos ao primeiro sutiã!



"09/02/90
Querido Diário

Eu tenho uma novidade pra você: 
Eu vou usar óculos, um óculos azul, eu não sei se vai ficar bem em mim, mas tudo bem.
Tenho miopia e vou usar o grau 1,25.
Mudando de assunto, desde o ano passado, já passou o Natal e o Ano Novo e eu nem escrevi você.
Vai começar as aulas dia doze de fevereiro."
(desenho de óculos, presente de Natal e livro aberto)

Eu me lembro que achava um charme as pessoas usando óculos, achava que era coisa de adulto e, CDF do jeito que eu era, desfilar de óculos firmaria a minha imagem de inteligente, já que não me achava bonitinha, esse era o papel de outras garotas da minha turma.





"27/02/90

Querido Diário

Já começaram as aulas e eu já comecei a usar óculos.
Hoje já é terça-feira de Carnaval e eu não pulei e nem brinquei, mas eu fui para o sítio e fui domingo e ontem para a praia.
Amanhã vai fazer uma semana que eu estou usando óculos. Até que não é tão ruim.
Entraram na escola muitas meninas e meninos e eu já simpatizei com quatro delas: Luísa, Mônica, Érica e Patrícia.
Tchau"

Olha, "não pulei e nem brinquei" Carnaval naquele ano. Jesus! A pré-pré adolescente queria o quê? Sair no Camaleão? Naquela época não existiam os blocos infantis que existem hoje, mas não tardaria a tornar isso uma realidade, pois um ou dois anos depois tia Inez já começaria a nos levar (eu e um monte de outros primos) para um camarote na Barra. Muita coragem, viu? Valeu, tia!!!!

Esse foi o último ano letivo que eu e Ronei estivemos na mesma sala de aula. Meu futuro grande amor, que, naquela época, não passava de mais um dos chatos dos meninos!




"07/03/90
Querido Diário

Entrou no dia 5 uma nova colega minha. O nome dela é Jaqueline, ela tem dez anos e é quase do tamanho de Andréa, aquela que eu botei uma foto no dia 28/07/89.
Desde ontem eu estou usando sutiã, diário, mas, voltando ao assunto, Jaqueline não é tão legal quanto Mônica e Luíza.
Bem, eu já vou parando por aqui porque eu tenho que estudar e ajudar minha mãe e meu pai na venda.
Tchau. Mil beijos."

Gente, sério, morro de rir antes de me concentrar e comentar sobre essas páginas do meu primeiro diário. E fico feliz por tê-lo escrito e guardado, pois traz de volta essas lembranças, emoções tão pueris. Amo!

A "Andréa" era a minha melhor amiga da escola, ou, como diriam as meninas de hoje, minha BFF (Best Friend Forever), mas deixo esse assunto para um outro post.

Notem a timidez do comentário: "Desde ontem eu estou usando sutiã, diário, mas, voltando ao assunto, Jaqueline...". É um pequeno arrependimento de ter revelado tal intimidade, porém seria impossível não contar essa notícia tão importante para um amigo mudo discreto. 

Um medo das mudanças apodera-se, então, da pequena criatura, que começa a desabrochar para as coisas de um mundo desconhecido. E seria só o começo...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mini-blog de papel - Parte III

"Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó
o animal é tão bacana, mas também não é nenhum banana!"


Começo o post com essa música deliciosa dos Saltimbancos pra trazer o assunto do dia: Bicharada.

No final do último "episódio" do Mini-blog, conto que há no meu velho diário um "post de papel" sobre os animais de estimação que tínhamos lá em casa. Vamos a eles:


05/10/89

Querido Diário

Hoje eu tenho tanta coisa pra te contar.
Aqui em casa tem 11 animais: 3 cágados, 2 canários e 6 periquitos.
Passarinho é uma coisa linda, né?
Tem um filhote aqui, um periquito amarelinho, que é uma graça, mas, coitadinho, não sabe voar e os outros periquitos ficam assustando ele.
Sabe onde eles, os periquitos, ficam? Num viveiro!
Os canários ficam na gaiola e os cágados ficam cercados por muitos tijolos.
Mateus é o dono deles e nesse momento ele está ditando as palavras e ao mesmo tempo me perturbando.
Mudando de assunto, eu conheci uma vizinha que se chama Aline, ela veio aqui em casa ontem, mas ela ficou calada.
Ela tem 7 anos e é maior que eu, estuda a segunda série. Ela tem dois cachorros, gosta muito de brincar, principalmente com os meus patins. Ela tem uma risada engraçada.

Eu acho que já falei muito 'ela' hoje, né?

Tchau"
_______________________________________________________________

Vou começar a comentar pelo final, desta vez: 
Notaram que "ontem" eu conheci a tal vizinha, que ficou calada, mas no dia seguinte ela já dava sua 'risada engraçada' e gostava 'muito de brincar, principalmente com meus patins'! Intimidade é fogo!!! rsrsrsrs

Mas vamos lá, 'passarinho é uma coisa linda, né?' Tão fofinha essa menina, gente. Quem resiste? 

Na verdade eu e meus irmãos tivemos vários animais lá em casa durante a infância, alguns deles bem pouco convencionais. Ficavam no terceiro pavimento da casa, onde estavam a horta, os viveiros e a área de serviço. 

Ai vai uma listinha, acompanhada dos melhores (?) momentos dos bichinhos:
  • cágados - pequeninos e com grande reflexo pra se esconderem em suas carapaças. Um deles foi jogado por engano na lixeira pela diarista, pra desespero do meu irmão, que o recuperou antes do lixo ser recolhido. 
  • periquitos australianos - foram roubados lá de casa em um fim de semana em que estávamos viajando. Ah, roubaram as toalhas que estavam no varal também! Desconfiamos que foi pra abafar o grito deles por socorro. Ficamos muito abalados com isso.
  • canários belgas - tiveram o mesmo triste fim dos periquitos.
  • codornas - também habitavam um viveiro. Produziam muitos ovinhos, mas tinham uma inhaca danada! 
  • coelho - comeu a horta inteira, pra alegria das crianças que não gostavam de couve e alface. Quem ficou brava mesmo foi a mamãe...
  • minhocas (minhoca conta?) - tinha um monte na horta. Eu e Mateus fazíamos com elas experiências de cunho científico...
  • peixes - companheiros por longo tempo de nossas vidas, viviam em um aquário muito legal que meu pai mantinha. Morreram misteriosamente após uma inocente experiência de cunho científico...
  • Jandaia (Aratinga) - criados soltos pela casa, um dia resolveram conhecer outros horizontes e nunca mais voltaram (óbvio!). Os pequenos cientistas juram que não tiveram nenhuma participação nisso.
Eu me lembro que meu pai era o maior responsável por eles, ou ,ao menos, pela chegada deles. 

Nunca tivemos um cachorro ou um gato, apesar da nossa insistência infantil. Me lembro que Indy, o poodle de tia Inez, passou uma temporada lá em casa quando meus tios saíram de férias. Pudemos com ele avaliar a decisão dos nossos pais em não criar um animal de maior porte: quando não fugia, dava muito trabalho dentro de casa!!!

Achei muito válido ter convivido com essas criaturinhas. Cada uma com seu modo de sobreviver, nos ensinando a ter responsabilidade, cuidado, amor (e também importantes descobertas de cunho científico!)

Ronei, por outro lado, quando criança, teve passarinho, gato e cachorro. Ele também morava em uma casa e tinha um grande quintal pra dar conta dos bichos..

Hoje, casados, moramos em um apartamento, não temos empregada doméstica. A estrutura é totalmente diferente dos lugares onde crescemos. Até tentamos ter conosco uma endiabrada adorável cadelinha beagle chamada Meg. Infelizmente a experiência (que não era de cunho científico, juro!) não deu certo. Ela ficava muito tempo presa e sozinha, o que não é adequado pra animal nenhum desse porte. Quando ficava solta, destruía a casa.

Ainda queremos dar aos nossos filhos a oportunidade de crescerem tendo um animalzinho pra cuidar, pra brincar, mas pensar nisso enquanto moramos num apartamento está realmente difícil. 

Pra finalizar, vejam nesse vídeo uma linda demonstração de convivência entre uma pequena e seu bichinho:


Se você já passou pela experiência (de cunho científico ou não) de criar um animalzinho, entre na discussão:
TER OU NÃO TER UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? EIS A QUESTÃO!


UPDATE

Desculpem-me, mas esqueci de colocar o vídeo abaixo na postagem original, porém amo tanto essa menininha com o esquilo que não podia deixar de colocar aqui:

domingo, 11 de março de 2012

Mini-blog de papel - Parte II


Depois do post Mini-blog de papel (campeão de visualizações até hoje), muitos amigos me perguntaram sobre outras aventuras vividas naquela época, por isso decidi transformá-lo em uma série, assim, uma vez por mês, teremos um post revival.


"10/08/89

Querido Diário,

Ontem fui à Catequese, sabe, porque em dezembro eu vou fazer a 1ª Comunhão.
Quem me dá aula é a diretora do meu colégio, Elzi Carvalho.
Eu gostei muito de lá e da aula. Todas as quartas-feiras tem aula e eu já comecei a gostar.
Faltam 5 dias pro meu aniversário, né? Cai em dia de terça-feira, um dia antes de eu ir para a catequese. Eu acho que era só isso que eu queria contar.
Tchau"

 Deu pra perceber que eu desde sempre fui uma menina simpática, ordeira, mas de vez em quando revelava  uma certa irritação:


"16/08/89


Querido Diário.


Ontem foi o meu aniversário e eu só ganhei presente de meu pai e minha mãe. Os presentes foram: uma argola de pérola (pequena e falsa), um conjunto verde, uma camisa azul e um prendedor de cabelo.
Hoje teve catequese e eu não gostei tanto quanto da outra 4ª feira. Eu cheguei um pouco atrasada por causa de Silvana (minha prima) porque ela é muito lerda.
Tchau"

Que zanga! kkkkkkkkkkkkk

Sentiram a decepção no "só ganhei presente se meu pai e minha mãe"? Pô, em plena terça-feira eu esperava ganhar presente de quem? Do padeiro?

Engraçado, até hoje me lembro do tal brinco de pérolas. Na minha cabeça era algo tão caro que achava que meus pais não poderiam comprar. Tempos depois li essa página pra mamis, que, rindo da minha inocência, retificou a informação.

Silvana é uma prima que morou alguns anos conosco e, por ter minha idade, praticamente fazíamos tudo juntas naquela época. Claro que rolavam umas farpas de vez em quando!

E, finalmente, o grande e emocionante dia:


"26/11/89


Querido Diário,


Ontem foi minha primeira comunhão. Foi linda, diário. Muita gente chorou, eu só chorei um pouquinho.
A hóstia é muito gostosa, mas o vinho é um pouquinho, sei lá, parece que é azedo, amargo, só sei que é um gosto estranho.
Eu gostei muito desse dia. Minha colega chorou tanto, mas tanto.
Nasceram 3 filhotes de canário e morreu um, foi uma pena.
Tchau"

A hóstia é muito gostosa???? Fala sério!!!! Farinha e água!!! Mas bom mesmo foi a descrição do vinho, de dar orgulho a qualquer sommelier! Hehehehe

Alguém me diz porque não escrevi o nome da minha colega que "chorou tanto, mas tanto"? Mais uma informação perdida para todo o sempre.

Em página anterior a essa eu escrevi sobre os animais de estimação que tínhamos lá em casa, mas esse é outro tema a ser postado. ;)

Aguardem mais do mini-blog no próximo mês!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Mini-blog de papel

Em 02/09/88, aos nove anos de idade, escrevi a página do meu primeiro diário. Uma letra horrível, de dar inveja a qualquer médico! Engraçado ver a inocência própria da época, os comentários sem noção, os errinhos de português.
Hoje, ao reler, morri de rir com alguns desses registros, por isso resolvi dividir algumas dessas páginas com vocês:


"19/09/88
Diário
Eu vim te escrever porque quero te contar coisas que aconteceram ontem.
Fui para a praia com minha familia e depois para o sítio do meu pai, brincamos com o barro de fazer bonecos, foi uma beleza. 02:30 fomos para o aeroporto buscar meu tio Isac. Sabe, diário, ele veio de São Paulo, é irmão de minha mãe e é doente mental.
Sabe, diário, perto do aeroporto passou um avião tão baixo que quase leva o fusquinha, que é o carro de painho. Mas ainda bem que não levou, né?"

Fortes emoções pra uma criança de nove anos (daquela época)!

E meu tio sofria de esquizofrenia, coitado.

Ah, descobri que desde tenra idade eu tinha implicância com o horário de verão:


"17/10/88
Diário
Viu quanto tempo passei sem escrever você?
Faz 5 dias o dia da criança e minha mãe me deu várias coisas, eu ganhei: um pianinho, dois biquínis, o disco da Xuxa 3 e de minha madrinha, que é tia Deca, ela me deu um um presente que é para mim e meus irmãos.
Já começou o horário de verão e eu tenho que acordar mais cedo, o relógio do vídeo cassete está marcando no horário velho e eu me atrapalho toda."

Observem o "minha mãe me deu várias coisas". E meu pai, só ajudou a pagar a conta? Hehehe

Bem, alguém conseguiria descobrir o tal presente que tia Deca me deu? Não registrei, agora já era, esquecido para todo o sempre...

Fico pensando, se eu tiver uma filha, será que ela vai se interessar em escrever um diário ou esta idéia está tão ultrapassada quanto o vídeo cassete???

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