Vamos acordar, né, minha gente? Esse silêncio já está de doer!!!
Ano novo (oi?), muitas mudanças na minha vida pessoal que me deixaram um pouco afastada daqui.
A verdade é que muitos fatores me fizeram hibernar. De novo um pouco daquilo de "relaxar e esquecer", afinal, como poderia fazê-lo escrevendo um blog cuja abordagem principal é maternidade? Acho que esse foi o principal motivo, mas não estava só. Teve um tanto de só-contar-com-internet-no-celular-por-meses-a-fio, o que dificultou um monte (lan house pra quê, hã?). Somado a uma paradinha na série de exames pra colocar a cabeça o lugar, achar o tempo, recuperar o fôlego e continuar a luta... "Vai, minha filha, aponta pra fé e rema!"
Não adiantou "relaxar e esquecer", a cegonha irritante continua no alto do telhado do vizinho, distribuindo bebês a torto e a direito por aí, piando e sorrindo sarcasticamente pra mim...
Assim, de casa nova, cidade nova, novo trabalho, fé renovada, é chegada a hora de retomar os velhos projetos.
Semana que vem estarei de férias e já está no forno um bolo de milho e um post fresquinho com capítulos inéditos da novela mexicana O Colo Mariquinha e a Histerossalpingografia, claro que com grandes dramas até o final da trama.
Há algumas semanas recebemos essa dadivosa e surpreendente notícia! Eu e Ronei seremos titios. Mentira, a notícia não é essa, né? Rafa (irmão de Ronei) e Gracy é que serão papais. Mas, dizem , ao nascer um filho, nascem também os pais, os avós, os tios e assim vai. Então estamos sendo gerados também! Haja gente nessa barriga, viu?
Rafa e Gracy não moram aqui, mas no interior da Bahia, tipo o "Reino Tão, Tão Distante" de tão distante que é e até por telefone é difícil falar. Então a paparicagem fica restrita mais aos meios virtuais do que presenciais. Falando nisso, tomamos um susto ao receber a notícia a partir da declaração no Facebook da minha cunhada Rafaela:
"Dps de um dia daqueles, eis que surge uma notícia surpreendente ...
SEREI TITIA!!!!! :)"
Simples assim. Não me acostumo com essa instantaneidade de informações promovidas pela internet, ela publicou na rede social antes dos pais nos comunicarem que preguiçosamente despretensiosamente engravidaram!
A família, claro, está em festa com a vinda do rebento e até minha sogra perdeu a pressa pra que eu engravide, já que ela quer se dedicar a cada neto individualmente. Já viram? Agora EU vou ter que esperar! Alguém perguntou a mim e a Ronei se queremos isso? Minha mãe é que não quer nem ouvir falar em dar tempo de coisa nenhuma, ela quer logo o netinho dela! kkkkkkkk
Na última visita dos grávidos a Salvador, entramos em um intenso debate sobre qual será o nome do(a) bebê! Rafaela, além de se autoeleger madrinha, se acha no direito (oi?) de escolher o nome. O meu sogro quer, se for guri, que se chame "Lourival Neto". Minha sogra só consegue pensar em nome (e em roupa) de menina. Ronei aposta que será homem, mas não opina. O pai diz que, sendo menino, só vai andar nu e "pegar" geral, não importa o nome que tenha, mas só consegue lembrar de nome de atrizes gatas se for menina. A mãe, rindo de tudo, nega todos os nomes de atrizes gatas, chama de "Lourival Neto" pra agradar ao sogro, torce pra ser menina como pede a sogra e aguarda a abençoada ultrassonografia que revelará se o banguelinha que está por vir é menino ou menina. Até lá, Rafaela chama o sobrinho(a) de Vicente e Alice. Será que vai colar?
Foi a resposta da médica ao me passar a requisição deste quase impronunciável exame. É um ótimo exercício de trava-língua, experimente falar três vezes seguidas!
O nome do exame, bem verdade, não foi o primeiro nem o último dos meus problemas. Já descrevi em post anterior a saga que precisaria passar após a primeira consulta séria com uma gineco/obstetra (G.O.). Também disse que, a depender dos resultados dos primeiros exames, outros viriam. Pois é, vieram. E veio outra médica também, porque a primeira deve ser médica de Cláudia Leite, pois estava muuuito difícil de marcar um retorno e a minha paciência com ela se esgotou. Afinal, cada mês é precioso pra quem está tentando engravidar, estou errada? E se ela tá ocupada assim agora, como vai ser quando eu estiver "de barriga"? Então, com referências de duas amigas, fui à nova G.O. e levei o resultado dos exames solicitados em fevereiro (!) pela outra. Sim, tudo certinho com os 47 (lembram?) exames realizados no laboratório e com os demais (santo plano de saúde, Batman!). Por estar tudo bem conosco naqueles exames básicos, passaremos à FASE II, onde outros mais detalhados serão pedidos pra garantir que anatomicamente a gravidez também será possível sem intervenções.
A histerossalpingografia nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino. É um dos exames mais antigos existentes na rotina da investigação do casal infértil, sendo utilizado há praticamente um século. Apesar de tão antigo, ainda é o melhor para avaliar a anatomia das tubas uterinas, não existindo outro exame que possa nos dar a mesma qualidade de informação sobre esta estrutura. A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas uterinas e, através desta análise, inferir sobre sua função reprodutiva. Pode também oferecer dados sobre a anatomia uterina, como a presença de mal-formações Müllerianas (útero bicorno, unicorno, septado etc), presença de pólipos ou miomas e sinéquias uterinas. O resultado do exame é um verdadeiro divisor de águas entre os tratamentos. Se estiver normal, os tratamentos podem ser de menor complexidade ("in vivo"), mas caso tenha alterações, devemos partir para os procedimentos mais complexos ("in vitro").
"A histerossalpingografia nada mais é...". Nada mais é? Hunf! Tá de brincadeira, né?
E começa a novela. Aprendido o nome e o significado da histerossalpingografia (histero, para os íntimos), entramos no capítulo "Marcação do Exame". Um drama! Momento tenso: ligo pra todos os lugares que a médica indicou e, um a um, quase todos dizem que não fazem mais ou não tem agenda para os próximos 3 meses. Por último, encontrei um que marcava, mas, mesmo a clínica atendendo pelo meu plano de saúde, este exame só é feito por particular pela bagatela de R$1.000,00. Ferrou! Recorri à net e achei um comentário de um blog onde uma garota diz que fez em Feira de Santana (a 120 km de Salvador). Liguei e procurei saber se aceitava pelo plano e se tinha vaga e, pra minha (boa) surpresa, tinha!!!!
Fui futucar mais sobre a histero na net e vi que muitas mulheres reclamam da dor sentida durante o exame. Isto ocorre devido ao rompimento de pequenas obstruções que cedem à passagem do cateter e do contraste, então, digamos que é uma "dor do bem". Apesar da desobstrução não ser o objetivo do procedimento, é grande o número de mulheres que engravidaram na primeira ovulação após realizarem a histero justamente por essa, digamos, limpeza. Aconteceu inclusive com uma amiga minha que teve que ir a Aracaju (pasmem!) pra fazer o disputado exame. Gustavinho fará um ano no próximo mês. Viram aí? Dor do bem!
Então, tá! Vamos aguardar o próximo ciclo pra fazer a histero. Coragem!
Como ficaria a nossa vida se um dia todas as mães do mundo sumissem? Quem assopraria as nossas feridas pra sarar? Quem nos faria o mais calmante leite quente do mundo inteiro? Quem nos abrigaria no mais confortável colo de todo o universo, afagando os nossos cabelos e nos dizendo que tudo vai ficar bem? Ah, os maravilhosos pais que nos desculpem, mas hoje a homenagem é para aquelas que são o nosso primeiro pensamento quando estamos em apuros: AS MÃES!
Hoje foi um dia atípico para mim, passei o segundo domingo de maio afastada de minha mãe. Não pude (nem os meus irmãos) viajar para vê-la, por motivos diversos. Foi estranho, fez falta. O que me consola é que essa ausência não foi por motivo de doença e que em três dias estarei enredada nos seus braços macios e dizendo pessoalmente que a amo.
Mesmo crescidos, mesmo adultos, não é fácil definir o significado dessas três letrinhas, M Ã E. Talvez mais do que na época em que fazíamos cartõezinhos com rosas e frases com caligrafias sofríveis que declaravam todo o nosso amor. Sei, mamis, que foi difícil pra você não nos ter por perto hoje, mas estávamos juntinho do seu coração, acredite.
Então, queridos leitores, esse post é pra que a gente reflita no quanto essas criaturas tiveram que se modificar para serem melhores exemplos para nós, seus filhos. Quantas vezes elas tiveram que vencer a si mesmas, vencer seus medos, superar os seus limites pelo simples desejo de nos verem felizes. Quanto de seu tempo nos dedicaram para que aprendêssemos a andar, a falar, a escrever, a sonhar? Quanto do que nós somos hoje deve-se à presença delas nas nossas vidas?
Uma resposta que demonstra uma pequena parte do quanto D. Carminha foi importante pra mim está aqui.
Sei que o domingo está acabando, mas vale fazer o exercício. E se sua mãe sumisse com você ainda pequenininho, o quanto do que você é hoje não existiria?
"- Na última semana fui informada da gravidez de duas amigas. Claro, fiquei felicíssima por elas, até me emocionei. Mas vamos analisar aqui uma coisa: tô vendo que a entrega está bem eficiente, então FAZ O FAVOR DE ME COLOCAR LOGO NESSA LISTINHA AÊ!!!
Sei, migratória ave, que "cada um tem a sua hora" e não tenho a menor duvida de que "Deus sabe o momento de cada um". Também já ouvi "quando vocês esquecerem, vai acontecer". Está certo, eu, racionalmente, acredito em tudo isso. Juro! Está claro, divulgado por diversos estudos, que a ansiedade só atrapalha e blá, blá, blá, etc e tal, mas, entenda o meu lado, a gente passa anos evitando uma coisa de todo o jeito e, quando optamos por ela, nada acontece. Fica difícil "esquecer" depois que isso está decidido, compreende? Desde que resolvemos parar com os contraceptivos, já foram "contempladas" três primas, a esposa de um primo, cinco amigas minhas e ainda três esposas de amigos de Ronei. Pelo menos duas dessas aí nem planejavam essa encomendinha desdentada pra agora. Então, minha querida, dê uma olhadinha pra confirmar se você não pulou meu nome aí na lista! Ah, só não me venha depois querer compensar o erro entregando dois produtos de uma vez, ok? Grata!"
Mainha - expressão nordestina, dengosa, sonora, que homenageia o termo MÃE. É a minha definição.
É desse jeito carinhoso que quero iniciar o nosso blog. Blog? Não sei o que fazer num blog, acho que é mais um diário, sei lá. Não tenho pretensões de popularidade, quero registrar minhas memórias, destacar coisas que considero relevantes, sem falar com propriedade sobre nada, quero simplesmente ir me preparando pra ser mainha de alguém.
Então é assim que nasce o "Mainha, acabei!". Nasce de um sonho meu. O sonho de ter um molequinho ou molequinha bem travesso, saudável e feliz, destes que a gente se derrete ao flagrar em uma traquinagem, numa expressão travessa, num olhar de súplica inocente de desculpas. Ah, crianças, minha paixão por elas me acompanha desde muito cedo. Eu era a prima do meio, num meio bem vazio de primas, nova demais pra andar com as mais velhas, velha demais pra ser tratada como as mais novas. Eis que decidi "adotar" as pequerruchas. Tinha paciência, adorava brincar de boneca, de casinha e de tudo o mais - era a Xuxa liderando as paquitinhas, era a professora, e, claro, era a mainha de todas. Então cresci, e parei de brincar de bonecas pra começar a namorar, desde então eu quero ser mãe, só que tinha juízo demais pra deixar que isso simplesmente acontecesse sem planejar. Então tô aqui, planejando ainda.
Temos mainhas (ou mãinhas) espalhadas por todo o Brasil, nordestinas ou não, mães carinhosas, protetoras, mamães, mamas, mãezinhas, mamis, todas mainhas!