domingo, 22 de janeiro de 2012

Mini-blog de papel

Em 02/09/88, aos nove anos de idade, escrevi a página do meu primeiro diário. Uma letra horrível, de dar inveja a qualquer médico! Engraçado ver a inocência própria da época, os comentários sem noção, os errinhos de português.
Hoje, ao reler, morri de rir com alguns desses registros, por isso resolvi dividir algumas dessas páginas com vocês:


"19/09/88
Diário
Eu vim te escrever porque quero te contar coisas que aconteceram ontem.
Fui para a praia com minha familia e depois para o sítio do meu pai, brincamos com o barro de fazer bonecos, foi uma beleza. 02:30 fomos para o aeroporto buscar meu tio Isac. Sabe, diário, ele veio de São Paulo, é irmão de minha mãe e é doente mental.
Sabe, diário, perto do aeroporto passou um avião tão baixo que quase leva o fusquinha, que é o carro de painho. Mas ainda bem que não levou, né?"

Fortes emoções pra uma criança de nove anos (daquela época)!

E meu tio sofria de esquizofrenia, coitado.

Ah, descobri que desde tenra idade eu tinha implicância com o horário de verão:


"17/10/88
Diário
Viu quanto tempo passei sem escrever você?
Faz 5 dias o dia da criança e minha mãe me deu várias coisas, eu ganhei: um pianinho, dois biquínis, o disco da Xuxa 3 e de minha madrinha, que é tia Deca, ela me deu um um presente que é para mim e meus irmãos.
Já começou o horário de verão e eu tenho que acordar mais cedo, o relógio do vídeo cassete está marcando no horário velho e eu me atrapalho toda."

Observem o "minha mãe me deu várias coisas". E meu pai, só ajudou a pagar a conta? Hehehe

Bem, alguém conseguiria descobrir o tal presente que tia Deca me deu? Não registrei, agora já era, esquecido para todo o sempre...

Fico pensando, se eu tiver uma filha, será que ela vai se interessar em escrever um diário ou esta idéia está tão ultrapassada quanto o vídeo cassete???

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Homens, digo, Bebês de Preto

No post anterior (Tentantes), Ronei comentou sobre "ver" nosso futuro baby desfilando por aí usando uma roupinha em homenagem ao Iron Maiden. Bem, sempre tive horror à idéia de vestir crianças de preto. Achava sério demais, achava que não era cor pra criança usar. Mas os tempos vão passando e a moda (inclusive a infantil) vai mudando. Ah, a cabeça da gente também vai mudando, claro! Daí, futucando aqui e ali, vamos achando umas coisas de bom gosto e até mesmo irresistíveis como o super fashion 1° Pretinho Básico da charmosa neném Sofia, filha dos queridos amigos Su e Dan:


Ainda encontramos uns exemplares bem fofinhos para os mini-rockers (clique na foto para ampliar):





Para os mini-gamers:


Fala sério, alguém haverá de achar feio um pezinho dentro desse sapato?


E, finalmente, o que provavelmente será a primeira compra do meu marido quando chegar a hora de apresentar ao mundo o(a) nosso(a) pequeno(a):


Pensando bem, são mesmo uma gracinha, não são?

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tentantes

Uma vez planejado o nosso rebento, foi nisso que eu e Ronei nos tornamos: TENTANTES. Nomezinho mais esquisito! E é só o começo para a gama de esquisitices que passamos a vivenciar. Partimos em busca de algo que é aparentemente simples, algo do qual passamos a vida inteira evitando: uma gravidez.

A uma altura dessas todo mundo já teve aula de ciências, de biologia, sabe como e quando o negócio pode acontecer, então tá fácil, né? Você faz exames pra ter certeza de que pode começar a tentar, faz tabela, faz tudo certinho e... nada. Passa um mês, dois, três... oito, e nada. Aí, meu bem, sua cabeça tem que estar boa, ou então começa a acreditar que vocês têm algum problema.

Se seu interesse vai além dos conselhos da família, de amigos e até de estranhos de como fazer isso certo (sim, de repente todo mundo se mete na sua vida sexual) e se seu médico disse que é mesmo uma questão de tempo, então você deve partir para a pesquisa em sites, blogs, artigos, fóruns, vídeos, fotos e toda a sorte de mídias eletrônicas que o Google seja capaz de listar. Nesses lugares você encontrará explicações, cientificas ou não, de como se dá a ovulação, posições sexuais para engravidar (incluindo colocar as pernas pra cima após a relação!), métodos para definir o sexo do bebê, calculadora da ovulação, da gravidez (e até do sexo do bebê!), sintomas de gravidez, termos técnicos (como nidação, blastocisto, histerossalpingografia, pólipos e sinéquias uterinas - assustador!). Ufa! E quanto mais você demora a engravidar, mais intermináveis são os possíveis assuntos de interesse para os tentantes tentarem entender o que se passa. E haja paciência!

Todo mundo fala: "Calma, a ansiedade só prejudica!" E no mês seguinte a mesma pessoa te encontra e pergunta: "E aí, menstruou?". Argh!!!!



Imagem daqui

sábado, 14 de janeiro de 2012

Seguindo o fluxo



Ainda na infância aprendemos que todo o ser vivo tem um fluxo a seguir: nasce, cresce, reproduz e morre. No caso do ser humano isso pode se tornar um pouco mais complexo: nasce, cresce, estuda, cresce mais um pouco, estuda mais um pouco, namora, estuda um pouco menos, namora um pouco mais, trabalha, casa, reproduz, namora bem menos, estuda quase nada, trabalha muito mais, tenta educar os filhos, trabalha ainda mais, tenta formar os filhos, tenta casar os filhos, trabalha um pouco menos, tenta convencê-los a te darem logo netos, para de trabalhar, volta a estudar, toma conta dos netos, passa a diminuir de tamanho e morre. E ninguém nos avisa disso tudo na escola! Bom, eu e meu marido estamos naquela fase entre o "casa" e "reproduz", aquela na qual a família, os amigos, os colegas de trabalho ficam te perguntando: "E aí, já casaram, quando vão encomendar o bebê?". Aquela em que basta você usar um vestido mais soltinho pra sua vizinha indiscreta vir com um: "Ah, teremos uma novidadezinha em breve?". E você: "Hã?". Ela:"É, você não está de neném?". Você (p... da vida): "Não!". E ela: "Mas deu uma engordadinha, né?". Você dá um risinho amarelo e pensa: "Por que não morre?!?!?"

Imagem daqui


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mainhaaaaa!!!

Mainha - expressão nordestina, dengosa, sonora, que homenageia o termo MÃE. É a minha definição.

É desse jeito carinhoso que quero iniciar o nosso blog. Blog? Não sei o que fazer num blog, acho que é mais um diário, sei lá. Não tenho pretensões de popularidade, quero registrar minhas memórias, destacar coisas que considero relevantes, sem falar com propriedade sobre nada, quero simplesmente ir me preparando pra ser mainha de alguém.

Então é assim que nasce o "Mainha, acabei!". Nasce de um sonho meu. O sonho de ter um molequinho ou molequinha bem travesso, saudável e feliz, destes que a gente se derrete ao flagrar em uma traquinagem, numa expressão travessa, num olhar de súplica inocente de desculpas. Ah, crianças, minha paixão por elas me acompanha desde muito cedo. Eu era a prima do meio, num meio bem vazio de primas, nova demais pra andar com as mais velhas, velha demais pra ser tratada como as mais novas. Eis que decidi "adotar" as pequerruchas. Tinha paciência, adorava brincar de boneca, de casinha e de tudo o mais - era a Xuxa liderando as paquitinhas, era a professora, e, claro, era a mainha de todas. Então cresci, e parei de brincar de bonecas pra começar a namorar, desde então eu quero ser mãe, só que tinha juízo demais pra deixar que isso simplesmente acontecesse sem planejar. Então tô aqui, planejando ainda.

Temos mainhas (ou mãinhas) espalhadas por todo o Brasil, nordestinas ou não, mães carinhosas, protetoras, mamães, mamas, mãezinhas, mamis, todas mainhas!


Outbrain