quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mini-blog de papel - Parte III

"Au, au, au. Hi-ho hi-ho. Miau, miau, miau. Cocorocó
o animal é tão bacana, mas também não é nenhum banana!"


Começo o post com essa música deliciosa dos Saltimbancos pra trazer o assunto do dia: Bicharada.

No final do último "episódio" do Mini-blog, conto que há no meu velho diário um "post de papel" sobre os animais de estimação que tínhamos lá em casa. Vamos a eles:


05/10/89

Querido Diário

Hoje eu tenho tanta coisa pra te contar.
Aqui em casa tem 11 animais: 3 cágados, 2 canários e 6 periquitos.
Passarinho é uma coisa linda, né?
Tem um filhote aqui, um periquito amarelinho, que é uma graça, mas, coitadinho, não sabe voar e os outros periquitos ficam assustando ele.
Sabe onde eles, os periquitos, ficam? Num viveiro!
Os canários ficam na gaiola e os cágados ficam cercados por muitos tijolos.
Mateus é o dono deles e nesse momento ele está ditando as palavras e ao mesmo tempo me perturbando.
Mudando de assunto, eu conheci uma vizinha que se chama Aline, ela veio aqui em casa ontem, mas ela ficou calada.
Ela tem 7 anos e é maior que eu, estuda a segunda série. Ela tem dois cachorros, gosta muito de brincar, principalmente com os meus patins. Ela tem uma risada engraçada.

Eu acho que já falei muito 'ela' hoje, né?

Tchau"
_______________________________________________________________

Vou começar a comentar pelo final, desta vez: 
Notaram que "ontem" eu conheci a tal vizinha, que ficou calada, mas no dia seguinte ela já dava sua 'risada engraçada' e gostava 'muito de brincar, principalmente com meus patins'! Intimidade é fogo!!! rsrsrsrs

Mas vamos lá, 'passarinho é uma coisa linda, né?' Tão fofinha essa menina, gente. Quem resiste? 

Na verdade eu e meus irmãos tivemos vários animais lá em casa durante a infância, alguns deles bem pouco convencionais. Ficavam no terceiro pavimento da casa, onde estavam a horta, os viveiros e a área de serviço. 

Ai vai uma listinha, acompanhada dos melhores (?) momentos dos bichinhos:
  • cágados - pequeninos e com grande reflexo pra se esconderem em suas carapaças. Um deles foi jogado por engano na lixeira pela diarista, pra desespero do meu irmão, que o recuperou antes do lixo ser recolhido. 
  • periquitos australianos - foram roubados lá de casa em um fim de semana em que estávamos viajando. Ah, roubaram as toalhas que estavam no varal também! Desconfiamos que foi pra abafar o grito deles por socorro. Ficamos muito abalados com isso.
  • canários belgas - tiveram o mesmo triste fim dos periquitos.
  • codornas - também habitavam um viveiro. Produziam muitos ovinhos, mas tinham uma inhaca danada! 
  • coelho - comeu a horta inteira, pra alegria das crianças que não gostavam de couve e alface. Quem ficou brava mesmo foi a mamãe...
  • minhocas (minhoca conta?) - tinha um monte na horta. Eu e Mateus fazíamos com elas experiências de cunho científico...
  • peixes - companheiros por longo tempo de nossas vidas, viviam em um aquário muito legal que meu pai mantinha. Morreram misteriosamente após uma inocente experiência de cunho científico...
  • Jandaia (Aratinga) - criados soltos pela casa, um dia resolveram conhecer outros horizontes e nunca mais voltaram (óbvio!). Os pequenos cientistas juram que não tiveram nenhuma participação nisso.
Eu me lembro que meu pai era o maior responsável por eles, ou ,ao menos, pela chegada deles. 

Nunca tivemos um cachorro ou um gato, apesar da nossa insistência infantil. Me lembro que Indy, o poodle de tia Inez, passou uma temporada lá em casa quando meus tios saíram de férias. Pudemos com ele avaliar a decisão dos nossos pais em não criar um animal de maior porte: quando não fugia, dava muito trabalho dentro de casa!!!

Achei muito válido ter convivido com essas criaturinhas. Cada uma com seu modo de sobreviver, nos ensinando a ter responsabilidade, cuidado, amor (e também importantes descobertas de cunho científico!)

Ronei, por outro lado, quando criança, teve passarinho, gato e cachorro. Ele também morava em uma casa e tinha um grande quintal pra dar conta dos bichos..

Hoje, casados, moramos em um apartamento, não temos empregada doméstica. A estrutura é totalmente diferente dos lugares onde crescemos. Até tentamos ter conosco uma endiabrada adorável cadelinha beagle chamada Meg. Infelizmente a experiência (que não era de cunho científico, juro!) não deu certo. Ela ficava muito tempo presa e sozinha, o que não é adequado pra animal nenhum desse porte. Quando ficava solta, destruía a casa.

Ainda queremos dar aos nossos filhos a oportunidade de crescerem tendo um animalzinho pra cuidar, pra brincar, mas pensar nisso enquanto moramos num apartamento está realmente difícil. 

Pra finalizar, vejam nesse vídeo uma linda demonstração de convivência entre uma pequena e seu bichinho:


Se você já passou pela experiência (de cunho científico ou não) de criar um animalzinho, entre na discussão:
TER OU NÃO TER UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? EIS A QUESTÃO!


UPDATE

Desculpem-me, mas esqueci de colocar o vídeo abaixo na postagem original, porém amo tanto essa menininha com o esquilo que não podia deixar de colocar aqui:

10 comentários:

  1. kkkkkkkk tadinhos.. sempre sofrem com as experiências infantis!!!
    Muito bom, amiga! Vc arrasa!

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    1. Me lembrei de um trecho da música de Pe Marcelo Rossi: "Os animaizinhos subiram de dois em dois". kkkkkkk
      Valeu, amiga!

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  2. Pa, aqui nos EUA há uma cultura de que antes do casal ter um filhote (e aqui no Sul eles têm de 3 pra cima) é interessante ter um cachorrinho, para treinar o casal antes dos filhos. Mas aqui, quase não tem apartamento, só casa mesmo porque pet em apartamento é complicado. Fora os parques e eventos específicos para cachorro. Muito diferente de Salvador. Porém, se você mora de aluguel e tiver um cachorro ou gato precisa pagar uma taxa mensal para ele morar na sua casa, pode uma coisa dessas? Eu estava super animada por um cãozinho, mas depois de saber desses valores, achei melhor esperar uns anos e ir direto para um filho mesmo :).


    PS: eu odiava os seus cágados e realmente as codornas fediam horrores, principalmente quando a gente estava brincando e passava uma brisa...yucky!

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    1. Que loucura esse negócio de que "morador animal" paga taxa extra! Qual o fundamento disso???

      Ah, os cágados eram pequenininhos, não faziam mal a ninguém. Os de Sandro e Robson eram aqueles grandões assustadores! rsrsrs. Já as codornas, coitadas, fediam mesmo!

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  3. Vocês faziam horrores. juntos com os primos então! Quando passavam finais de semana na fazenda de vô Sizo, faziam cirurgia em girinos. coitados!!! Lembra filha?

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    1. A fazenda de vô era um verdadeiro laboratório a céu aberto! Era interessante ver de perto o que os livros mostravam, afinal, todo mundo já nasce uma miniatura do que vai ser quando crescer, mas sapo, não. Nasce girino e vai mudando até virar o gosmentinho... Bom, a borboleta também nasce lagarta, mas a mudança ocorre no "closet", ninguém vê!
      Feliz a criança que pode experenciar a natureza com uma experiência tão rica! Eu agradeço muito pelas minhas, mãe!!!

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  4. Faltou o tira piloto do buraco, nos caminhos do pasto.Mais uma em!!!!!

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    1. Ah, essa era uma diversão que podia durar por horas! Um exercício de paciência e tanto!!! ;)

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  5. Esse seu texto lembrou minha infância, e também as experiências que já passei com André e JR..rsrsrsrs. Quando menina tive cachorro, coelho e pássaros, e claro algumas brincadeiras de "cunho científico" junto com meus irmãos...kkkk. Aqui em Manaus já tivemos pássaros, cágados e temos cachorro, mas observe, pássaros e cágado no passado...idéias geniais de meu marido esses animais todos, até que o cágado resolveu entrar na piscina e fazer dela seu sanitário, claro que desistiu da propriedade rapidamente...kkkk. Dois piriquitos que o André cuidava, lindos e animados, até que "acidentalmente" um saiu voando no momento de ser alimentado, poucos dias depois o outro também decidiu que liberdade não tem preço, lembrando que ambos estavam na gaiola, mas o André gostava muitoooo de cuidar...sabe como é??? Mas, quem resiste bravamente é a cachorra, nossa Nikita, que na intimidade para o JR é a "neguinha, kitinha"...e afins, ele coloca a mão na boca dela, faz dele seu ponei e ainda diz: sai!!! rsrsrsrsrs...e assim eles crescem e de alguma forma vão aprendendo a amar!!

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    1. Adoraria ver essas cenas deles com a Nikita! rsrsrs

      Acho que a responsabilidade também é algo que vai se adquirindo com o tempo, entendo ele não gostar de cuidar dos pássaros. Ah, e cachorro é indiscutivelmente muito mais divertido que um cágado!

      Beijos!!!!!

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